Hoje a Luna trouxe este presente para casa. Ainda nem consegue voar.
Passo a explicar o que se sucedeu.
Esta manhã, numa ida ocasional à cozinha, dei uma espreitadela pela janela, quando vejo a Luna a descer do telhado com um passarinho na boca. Coloca-o no chão e ele mexe-se. E eu, sem hesitar, fui ao quintal salvar o pobre animal. Ela que não é burra nenhuma, apercebeu-se que eu lhe ia tirar o brinquedo, tenta fugir com o pássaro na boca, mas eu apanho-a e tiro-lhe de facto o bicho. A Luna ficou maluca a tentar recuperar o pássaro.
"E agora o que é que eu faço com este bicho?", pensei eu. Verifiquei se o pássaro não estava ferido, e entretanto já lhe dei água, molhei a ponta de um pano e espremi-lhe a água para a boca, e dei-lhe também uns quantos bagos de arroz cozido.
Fui à procura de um ninho em alguma árvore para o colocar lá, de modo a que fosse adoptado por alguma família simpática de pássaros, mas o máximo que consegui encontrar foi metade de um ninho abandonado. Ainda o pus lá, mas caiu, e não o fui buscar ao chão porque consegui apanhá-lo em queda livre. E perante isto, fiz-lhe uma cama numa caixa de sapatos, sem a Luna imaginar que o pássaro encontra-se cá em casa.
Bem sei que os gatos têm o espírito de caçar tudo o que mexe, de formigas a borboletas, de joaninhas a gafanhotos, de pássaros a ratos. E no Domingo passado, a Luna já tinha trazido um pássaro para casa, mas quando o vi já estava morto e todo depenado. Mas hoje este estava vivo, como é que eu ia deixá-lo ali a morrer aos poucos nas garras da Luna?
Atenção, que quando a Luna está com as orelhas para trás, é porque está mesmo irritada!
Enfim, neste momento o pequeno está a dormir na sua cama, onde já lá fez as suas necessidades 3 vezes, e também me proporcionou a experiência de ser cagada na mão 2 vezes por um pássaro.