quarta-feira, 11 de julho de 2012

A Filha do Capitão

Ontem acabei de ler o livro "A Filha do Capitão" do José Rodrigues dos Santos. Agora é a parte em que as minhas amigas que me ofereceram o livro ficam escandalizadas e a roer-me pragas por ter demorado tanto tempo a ler o livro, pensado que o odiei. Isto porque o livro foi me oferecido pelo meu aniversário do ano passado, ou seja, há um ano e um mês... Mas isto tudo tem uma explicação. Quando recebi o livro relataram-me maravilhas sobre ele, e eu comecei a lê-lo aos poucos, mas confesso que o primeiros capítulos não me cativaram. E na altura o meu tempo livre era limitado, nos meses seguintes todo o meu tempo era gasto na escrita da dissertação de Mestrado, depois na preparação da defesa da dissertação, a seguir na tentativa de publicação do trabalho, e o livro foi ficando esquecido na mesa de cabeceira.
Até que há uns 2 meses olhei para o livro e pensei, "Não te achei graça nos primeiros capítulos, mas vou te dar uma segunda oportunidade". O entusiasmo pela história demorou um pouco a surgir, até que há cerca de 2 semanas, espontaneamente senti-me encantada pela história. E desde então, foi ler, ler e ler. Antes de dormir lá entrava eu dentro da história, sem dar pelo tempo a passar, a lutar contra o cansaço, os olhos a querem fechar, até que o cansaço vencia. Estava desejando de terminar o livro para saber como ia acabar a história, e esperando que tudo acabasse bem. Até que ontem, a 3 capítulos do fim, o que eu mais temia que acontecesse na história, acabou por acontecer. Uma pequena lágrima surgiu-me no canto do olho (não mais do que isso, também não sou assim tão chorona!!), fechei o livro e achei que não merecia que eu o continuasse a ler. Sentia-me tão envolvida pela história que chegava a sentir a própria dor das personagens. A minha revolta não durou mais do que 2 minutos, recomecei a leitura, esperançosa que a história desse uma grande reviravolta no final. Acabou por dar uma pequena reviravolta, mas não a que eu ansiava. E, quando li a última linha senti-me estranhamente vazia. A história tinha entrado na minha vida de tal maneira que senti-me sem saber o que fazer a seguir. Queria mais e mais, podiam vir mais 600 páginas que ia lê-las com o maior gosto. Mas acabou-se.

E por isso, recomendo vivamente a leitura de "A Filha do Capitão". É mais do que uma simples história de amor que relata uma paixão impossível entre um oficial português e uma bonita francesa. É também uma narrativa sobre a participação portuguesa na Primeira Guerra Mundial, uma história comovente sobre a amizade, a vida e a morte.

4 comentários:

  1. só acabas-te de ler o livro agora?????????????????UM ANO E UM MÊS DEPOIS?????????? com o que te oferecemos este ano vai acontecer o mesmo??
    to a brincar...percebi mt bem o k escreves-te, primeiro sobre a falta de tempo para ler e depois sobre a falta k sentis-t das personagens! cmg foi igual!é o meu livro preferido do JRS=)uma história que se lê, mas que fica guardada no coração!

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  2. Curiosamente acabei de ler o livro na passada sexta feira, senti o mesmo, alias o que mais me custou foi a morte do Baltazar Velho e do Matias "Grande". Para quem ja foi militar como eu é sem duvida uma homenagem aqueles homens "abandonados" pelo nosso país.

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    1. A história é de facto bastante envolvente. Também me custou a morte dos amigos e companheiros de guerra :(

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Obrigada pela visita e pelo simpático comentário!